
A Arte de Fazer Acontecer
Nesta abordagem, toda e qualquer ação é apenas a melhor estratégia encontrada por um indivíduo ou Organização para atender necessidades conscientes ou inconscientes.
No entanto as pessoas só conseguem enxergar e investir em estratégias que estejam de acordo com suas crenças.
Estas crenças, por sua vez, podem ser limitantes ou expansivas, ou seja, gerar força e liberdade para ir além dos obstáculos ou ser ela mesma a maior barreira para eficácia de uma estratégia.
Isso nos leva a crer que se não estamos alcançando nossos objetivos pode ser porque nossa estratégia não está adequada, ou porque a crença que é limitante ou ainda os objetivos não estão em ressonância com o que é realmente importante para nós.
Um amigo costuma dizer que “o Herói não sai para a luta com o dragão por uma caneta Bic”. Ele sai para salvar a princesa. E isto é mágico “e o que ele diz aqui é mágico. O nosso “eu” não se mobiliza para questões superficiais, o nosso ego sim. Mas a força do ego muitas vezes se esvai com o tempo. A força do eu é cada vez mais intensa e espontânea a medida que nós conectamos com necessidades essenciais e verdadeiras.
Assim o caminho que fazemos no programa passa por investigar:
Pensar
Pesquisando as nossas crenças, que nada mais são do que as “viseiras” que usamos para enxergar o mundo. Elas pautam aquilo que julgamos ser verdadeiro, realista, correto, pertinente ou possível, e o que consideramos ser falso, fantasioso, errado, não pertinente ou impossível.
Quando colocamos esses filtros em nossa mente, nós literalmente materializamos realidades específicas, atraindo inclusive pessoas, contextos, fatos e até sistemas teóricos que confirma as crenças nas quais acreditamos e que deslegitimam aquelas nas quais desacreditamos.
Caso a crença seja limitante, para o processo de mudança é necessário que a energia em torno da crença atual seja esvaziada (por exemplo, falando-se sobre ela e as experiências que a construíram) e uma nova crença, mais expansiva, seja nomeada e recheada com novas experiências e sensações (por meio, por exemplo, de experiências e experimentos que confirmem a nova crença). Mas, novamente, a sensação de que uma crença é limitante e precisa ser mudada tem de vir da própria pessoa, e não de alguém que, segundo seu próprio sistema de crenças, considera a do outro limitante ou expansiva.
As perguntas que devem ser feitas nesta esfera são:
- Quais as crenças que estão por traz das minhas ações? Porque eu acho que isto deve ser feito desta maneira?
- Quais as crenças que estão limitando o desenvolvimento de ações e estratégias mais eficientes?
As crenças nos ditam o jeito com as coisas devem ser, nos tirando a liberdade e a conexão com quem somos e o que verdadeiramente precisamos.
O objetivo neste bloco é identificar as crenças atuais desenhar e nutrir novas crenças liberando poder de criação e estratégias mais eficientes.
Aqui fazemos este caminho através da análise SWOT pessoal, que examina os fatores internos e externos que podem estar nos ajudando ou atrapalhando, e evidencia crenças conscientes e inscientes.
Outras investigação que a proposta traz, é a exploração do dimensão do Sentir.
Sentir
Buscando às necessidades por traz das nossas vontades. Todos nós, profundamente, temos as mesmas necessidades humanas de respeito, amor, prazer, entre outros. Às vezes, essas necessidades podem se expressar de forma mais superficial, na forma de vontades que apenas saciam desejos mais imediatos, como:
- “Minha necessidade é ganhar muito dinheiro”, mas profundamente a necessidade é de se sentir seguro, confortável, respeitado na própria dignidade, valorizado ou de atender necessidades básicas e importantes de sobrevivência.
- “Minha necessidade é quebrar a sua cara”, mas profundamente a necessidade é de expressar a raiva, de se sentir respeitado, de se sentir amado, de se sentir forte etc.
- “Minha necessidade é que você nunca saia de perto de mim”, mas profundamente a necessidade é de se sentir amado, de se sentir completo etc.
A pergunta que devemos fazer é:
- Porque isso é tão importante para mim?
- O que é tão sagrado neste tema para mim?
- O que eu verdadeiramente quero com isso?
- Esse sonho nasce de que busca minha? Porque isto é tão importante para mim?
Quando reconhecemos nossas próprias necessidades, nos sentimos inteiros e aterrados no que realmente precisamos, e ganhamos força e clareza para buscar formas de atendê-las.
Muitas vezes aquilo que desejamos não está conectado com um propósito maior ou com aquilo que é essencial para nós. Outras vezes tomamos como verdadeiras aquelas necessidades que são mais superficiais sem conseguir entender o verdadeiro significado daquela busca.
O desafio é identificar as necessidades com maior poder mobilizador.
A última esfera a investigar é o Querer:
Querer
Aqui procurarmos avaliar as estratégias que usamos para atender as nossas necessidades. Todas as nossas ações e atitudes na vida são estratégias que desenvolvemos para atender as nossas necessidades.
Não há nada que façamos que não tenha, no fundo, o objetivo de atender uma ou mais necessidades importantes para nós. Mesmo o psicopata que mata cruelmente uma outra pessoa o faz porque, em algum nível, está em busca de sentir prazer, que é uma necessidade comum a todos os seres humanos.
Revisitar e redesenhar as estratégias transformando-as em processos claros e legítimos conectados com crenças expansivas, valores e propósito passa a ser um caminho para a realização dos objetivos e sonhos.
Assim podemos construir imagens de futuro inspiradoras e sonhos de motivação espontânea.
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