SOCIEDADE: UMA RELAÇÃO MUITO DELICADA
“A informação que se tem não é a informação que se quer.
A informação que se quer não é a informação da qual se precisa.
A informação da qual se precisa não é a informação que se pode obter.
A informação que se pode obter custa mais do que se quer pagar.”
Anônimo
É certo que a decisão de empreender é antecedida por muitas dúvidas que geram perguntas, mas nem todas as perguntas certas são feitas. Aliás, no contexto brasileiro, aquilo que Lord Keynes chamou de animal spirit (que vem sendo aqui e ali traduzido como “estado de ânimo”, “espírito animal” ou, simplesmente, “intuição”) é o elemento que prepondera em grande parte dos empresários brasileiros. Principalmente se considerarmos que – aqui – as micro e pequenas empresas representam 99% dos negócios do país, de acordo com pesquisa promovida pelo SEBRAE e o DIEESE entre os anos de 2000 e 2011, cujos parâmetros, pelo pouco tempo passado, ainda estão vigentes.
Neste contexto, não é difícil adivinhar o elevado grau de intuição (ou vontade de fazer algo dar certo) e o baixo grau de informação da maioria dos empreendedores ao optar por ter o seu próprio negócio. Informação qualificada, diga-se.
Os problemas que derivam dessa baixa qualificação das informações empresariais começam, com o perdão da repetição, no começo: o processo de constituição de uma sociedade, por exemplo. Não é raro que pessoas que são sócias de uma pessoa jurídica revelem em algum momento total desconhecimento do que seja – realmente – capital social, integralização de quotas, responsabilidade solidária. Depois, o volume de desconhecimento só vai se agravando.
Reforça esse ambiente de fragilidade a pouca prática em lidar com as questões sociais. A reunião de sócios para deliberar e fazer registro dessas deliberações, por exemplo, é tido ou como coisa de grandes empresas ou como “burocracia” ou perda de tempo. Será?
Quantas más decisões poderiam ter sido evitadas – ou quantos problemas poderiam ter sido minimizados – se os sócios tivessem buscado discutir e documentar as questões envolvidas em um processo decisório? Quantos contratos poderiam ter sido celebrados sem gerar tantas distorções, desequilíbrios e – até – prejuízos se tivessem sido criteriosamente analisados e discutidos? A resposta a tais questionamentos reside na busca por profissionais qualificados para prover as informações úteis: no caso de questões jurídicas, os advogados e no caso das questões contábeis, os contadores.
O sistema brasileiro não é fácil. Na porta de entrada da vida empresarial não se exige muita coisa daquele que vai administrar: basta a capacidade civil, não estar impedido pelas causas legais e a diligência de todo homem ativo e honesto. Parece simples, mas no fim de uma jornada de insucesso, o sistema cobra uma conta alta: responsabilidade solidária, desconsideração de personalidade jurídica, condenação por crimes falimentares… Coisas que muitos nem mesmo conhecem e que, em função das graves consequências que delas advêm, deveriam conhecer!
Ter informações necessárias para poder planejar e projetar cenários; adotar práticas internas na relação com sócios (a exemplo da realização de reuniões periódicas e registro delas em atas); buscar criar regras prévias para a solução de conflitos entre sócios através de assessoria de profissionais qualificados custa bem menos que ver o sonho de empreender acabar.
“A informação que se tem não é a informação que se quer.
A informação que se quer não é a informação da qual se precisa.
A informação da qual se precisa não é a informação que se pode obter.
A informação que se pode obter custa mais do que se quer pagar.”
Anônimo
É certo que a decisão de empreender é antecedida por muitas dúvidas que geram perguntas, mas nem todas as perguntas certas são feitas. Aliás, no contexto brasileiro, aquilo que Lord Keynes chamou de animal spirit (que vem sendo aqui e ali traduzido como “estado de ânimo”, “espírito animal” ou, simplesmente, “intuição”) é o elemento que prepondera em grande parte dos empresários brasileiros. Principalmente se considerarmos que – aqui – as micro e pequenas empresas representam 99% dos negócios do país, de acordo com pesquisa promovida pelo SEBRAE e o DIEESE entre os anos de 2000 e 2011, cujos parâmetros, pelo pouco tempo passado, ainda estão vigentes.
Neste contexto, não é difícil adivinhar o elevado grau de intuição (ou vontade de fazer algo dar certo) e o baixo grau de informação da maioria dos empreendedores ao optar por ter o seu próprio negócio. Informação qualificada, diga-se.
Os problemas que derivam dessa baixa qualificação das informações empresariais começam, com o perdão da repetição, no começo: o processo de constituição de uma sociedade, por exemplo. Não é raro que pessoas que são sócias de uma pessoa jurídica revelem em algum momento total desconhecimento do que seja – realmente – capital social, integralização de quotas, responsabilidade solidária. Depois, o volume de desconhecimento só vai se agravando.
Reforça esse ambiente de fragilidade a pouca prática em lidar com as questões sociais. A reunião de sócios para deliberar e fazer registro dessas deliberações, por exemplo, é tido ou como coisa de grandes empresas ou como “burocracia” ou perda de tempo. Será?
Quantas más decisões poderiam ter sido evitadas – ou quantos problemas poderiam ter sido minimizados – se os sócios tivessem buscado discutir e documentar as questões envolvidas em um processo decisório? Quantos contratos poderiam ter sido celebrados sem gerar tantas distorções, desequilíbrios e – até – prejuízos se tivessem sido criteriosamente analisados e discutidos? A resposta a tais questionamentos reside na busca por profissionais qualificados para prover as informações úteis: no caso de questões jurídicas, os advogados e no caso das questões contábeis, os contadores.
O sistema brasileiro não é fácil. Na porta de entrada da vida empresarial não se exige muita coisa daquele que vai administrar: basta a capacidade civil, não estar impedido pelas causas legais e a diligência de todo homem ativo e honesto. Parece simples, mas no fim de uma jornada de insucesso, o sistema cobra uma conta alta: responsabilidade solidária, desconsideração de personalidade jurídica, condenação por crimes falimentares… Coisas que muitos nem mesmo conhecem e que, em função das graves consequências que delas advêm, deveriam conhecer!
Ter informações necessárias para poder planejar e projetar cenários; adotar práticas internas na relação com sócios (a exemplo da realização de reuniões periódicas e registro delas em atas); buscar criar regras prévias para a solução de conflitos entre sócios através de assessoria de profissionais qualificados custa bem menos que ver o sonho de empreender acabar.
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